As línguas de sinais no cinema: “Um lugar silencioso”

Além de ser um dos filmes mais interessantes e originais dos últimos anos, Um lugar silencioso tem outra característica bastante distintiva: quase todos os diálogos que ocorrem no filme são em língua de sinais. Isso pode causar a impressão de que o filme seria chato ou difícil de acompanhar, mas a verdade é o exato oposto. Graças a um roteiro de qualidade e a um suspense muito bem elaborado (com doses de drama), a platéia não consegue desgrudar os olhos da tela da primeira cena à última cena.

O filme mostra como uma família do interior dos EUA tenta sobreviver após alguma calamidade de proporções globais. Criaturas misteriosas e letais caçam os sobreviventes. Para escapar delas, é preciso manter o mais completo silêncio, pois elas são atraídas pelo som.

Logo na cena inicial, um close no aparelho auditivo de uma das crianças da família revela como esta tem feito para se comunicar e sobreviver em um mundo em que falar pode resultar em morte: usando a língua de sinais aprendida para se comunicar com a filha surda, que é interpretada pela jovem atriz Millicent Simmonds, que é surda na vida real e que faz um trabalho excelente no papel. 

O papel da língua de sinais e da surdez da menina na trama não se limita a fornecer o instrumento de comunicação para a família; outros aspectos centrais do desenvolvimento da trama e da sua conclusão giram em torna da surdez da menina.

Trailer 1 do filme:

 

Língua de sinais americana x brasileira

Além de ser para todos os públicos, o filme deve interessar de modo específico às pessoas da área de letras e linguística, envolvidos ou não com o estudo de línguas de sinais. Um lembrete a ser feito é que os atores não estão usando LIBRAS, que é a língua de sinais específica da comunidade surda brasileira, mas a língua de sinais americana, conhecida com ASL (American Sign Language).

Como ocorre com as línguas orais, as línguas de sinais apresentam variação entre si na sua estrutura e no seu vocabulário, pois também são línguas naturais, que surgem e se desenvolvem espontaneamente a partir da interação entre os seus usuários.

O filme consegue mostrar muito bem como as línguas de sinais também possuem uma grande capacidade expressiva.

 

Trailer 2 do filme

“Curso de língua sãoskrita: vol. 2 – Textos clássicos” – G. de Vasconcelos Abreu (1881)

Este é o volume 2 da obra Curso de Litteratura e Língua Sãokrita Clássica e Védica: Manual para o Estudo do Sãokrito Clássico, de autoria do matemático e orientalistas português Guilherme de Vasconcelos Abreu, publicada em 1881.

O primeiro volume, “Resumo gramatical”, é dedicado à fonologia e à morfologia do sânscrito.

Este segundo volume é dedicado à literatura e leitura de textos e tem o subtítulo “Chrestomatia de Textos em Sãoscrito Clássico”.

TEXTO EM PDF: Curso de Litteratura e Língua Sãokrita Clássica: Volume 2 – Chrestomatia de Texto em Sãoscrito Clássico.

“Curso de língua sãoskrita: vol. 1 – Gramática” – G. de Vasconcelos Abreu (1881)

Em 1881, Guilherme de Vasconcelos Abreu (geógrafo, matemático e orientalista português, professor do Curso Superior em Letras de Lisboa) publicou o volume 1 de seu Curso de Litteratura e Língua Sãokrita Clássica e Védica: Manual para o Estudo do Sãokrito Clássico.

Este primeiro volume é qualificado pelo autor como “Resumo gramatical” e é dedicado à fonologia e à morfologia do sânscrito.

Observações:

1) A sintaxe foi, de propósito, deixada de fora desse material pelo autor, devido em parte ao objetivo da obra ser um manual introdutório resumido para o público português. O segundo volume, dedicado ao exame de textos originais em sânscrito, apresenta o exame de alguns fatos sintáticos.

2) As páginas de 1 a 8, da seção referente à fonologia, estão faltando em todas as versões do arquivo encontradas.

 

TEXTO EM PDF: Curso de Litteratura e Língua Sãokrita Clássica. Volume 1: Resumo Gramatical.
Demais obras de Guilherme de Vasconcelos Abreu.

“Philosophy of Language and Universal Grammar” – John Stoddart (1849)

O juiz e escritor britânico John Stoddart publicou em 1849 o primeiro volume de um tratado sobre gramática e filosofia da linguagem planejado como parte da Encyclopædia Metropolitana.

Os dois volumes do tratado correspondiam, grosso modo, ao que chamaríamos de gramática geral e gramática particular ou histórica. O primeiro volume, o único a ser concluído e publicado, teve o título: Philosophy of Language, comprehending Universal Grammar, or the Pure Science of Language.

Trazemos hoje a introdução e o primeiro capítulo desse primeiro volume. Neles, Stoddart define os conceitos fundamentais, apresenta o que seria a diferença entre gramática como ciência (especulativa) e como disciplina histórica, além de refletir sobre as relações entre a mente e a linguagem, descrevendo as “faculdades do intelecto e da vontade das quais a ciência da linguagem a ciência da linguagem”.

TEXTO EM PDF: Philosophy of Language and Universal Grammar (introdução e capítulo 1).

 

Índice completo do primeiro volume:

PHILOSOPHY OF LANGUAGE.

Introduction
PART I. UNIVERSAL GRAMMAR
Chap. I.— Preliminary View of those Faculties of the Intellect and Will on which the Science of Language depends
Chap. II.— Of Sentences
Chap. III.— Of Words, as Parts of Speech
Chap. IV.— Of Nouns
Chap. V.— Of Nouns Substantive
Chap. VI.— Of Nouns Adjective
Chap. VII.— Of Participles
Chap. VIII.— Of Pronouns
Chap. IX.— Of Verbs
Chap. X.— Of Articles
Chap. XI.— Of Prepositions
Chap. XII.— Of Conjunctions
Chap. XIII.— Of Adverbs
Chap. XIV.— Of Interjections
Chap. XV.— Of Participles
Chap. XVI.— Of the Mechanism of Speech