Linguagem e política: “homem”, “ser humano” e “aquecimento global”

1. Há uma grande tendência hoje em dia de se parar de usar a palavra “homem” no sentido geral de “ser humano”, o sentido que o termo sempre teve desde o latim.

2. Isso é tão forte que, na maioria dos contextos, hoje, ao ouvido comum soa estranho não usar a expressão “ser humano”, mas sim “homem”.

3. Isso ocorre mesmo entre quem rejeita a tentativa de reforma da linguagem pelo politicamente correto. 

4. Curiosamente, um dos poucos casos em que essa tendência não é obedecida cegamente no linguajar moderno é ao se falar de… “aquecimento global”. Continue lendo “Linguagem e política: “homem”, “ser humano” e “aquecimento global””

Tipos de acarretamento: upward e downward entailing

Tipos de acarretamento: para cima (upward) e para baixo (downward entailing)

Rerisson Cavalcante

  1. Acarretamento

Acarretamento (entailments, em inglês) é uma relação semântica entre duas sentenças, em que o conteúdo de uma delas (sentença A) inclui conteúdo da outra (sentença B). Então, dizemos que a sentença A acarreta a sentença B. Ou que a sentença B é acarretada pela sentença A.

O acarretamento é julgado em termos de valores de verdade das sentenças. Mais especificamente: A acarreta B se e somente se a veracidade de A leva necessariamente à veracidade de B. Vejamos os exemplos abaixo. Continue lendo “Tipos de acarretamento: upward e downward entailing”

Acarretamento – relações semânticas entre sentenças

ACARRETAMENTO é uma das relações semânticas ou “nexos lógicos” que podem ser estabelecidos entre sentenças distintas. Nesse ponto, o acarretamento pertence aos interesses da “semântica gramatical”, entendida como o estudo do significado de frases e de expressões linguísticas complexas. Também é interesse da “semântica lexical” considerada especificamente como interface entre o léxico e a sintaxe.

Acarretamento é uma relação do tipo parte-todo, em que o significado de uma sentença qualquer contém em si o significado de uma outra sentença. Nesse caso, se diz que a primeira sentença acarreta a segunda (e que a segunda é acarretada pela primeira). Continue lendo “Acarretamento – relações semânticas entre sentenças”

1964 – Verdades difíceis de aceitar

Já que o dia 31 de março se aproxima e, como ele, temos a repetição de polêmicas quanto ao que ocorreu em 1964, vamos a algumas verdades difíceis de serem admitidas:

1) Não houve golpe em 1964.

2) Houve sim ditadura militar: de 1968 a 1979 (a partir do AI-5).

3) A revolução de 1964 impediu a cubanização do Brasil e salvou milhões de vidas. Eu disse: MILHÕES. Os que foram derrotados em 1964 pertenciam a uma organização milita internacional que já havia assassinado mais de 100 milhões de pessoas no mundo e escravizado 20% da população mundial.

4) Mas também foi por culpa do regime militar que o Brasil passou a ter, a partir da década de 80, uma hegemonia de organizações criminosas disfarçadas de partidos políticos e uma hegemonia das ideias mais nefastas e idiotas do positivismo e do esquerdismo, que elevaram o Brasil ao status de país mais assassino do planeta Terra.

5) Houve crimes de tortura no regime.

6) Foram em quantidade muito muito muito menor do que os dados inflados dos torturados sem cicatrizes. 

7) Denunciar os crimes de estado praticados durante o regime militar (e durante qualquer regime) é uma obrigação intelectual.

8) Não mentir nem inventar crimes a mais nem exagerar os crimes também é uma obrigação intelectual. Foi o exagero e a mentira por parte de intelectuais que fez com que grande parte da população não acreditasse mais nessas narrativas.

9) A função das Forças Armadas é sim derrubar Executivo, Legislativo ou Judiciário que se tornem criminosos e anti-constitucionais. Essa sempre foi a função das Forças Armadas no Brasil e em qualquer país do mundo.

8) A função das Forças Armadas NÃO É governar.

9) Ao derrubar um Executivo, Legislativo ou Judiciário corruptos, a primeira obrigação das Forças Armadas é convocar novas eleições ou o equivalente para devolver o poder aos civis.

10) Quando as Forças Armadas não fazem (9), acabam gerando (2) e/ou (4).

Sobre idiotas e psicopatas

Psicopatas invadem escolas nos EUA para matar crianças, porque em escolas todo mundo (inclusive os seguranças) é proibido de portar armas.

Psicopatas invadem shows na França para matar infiéis, porque em show todo mundo (inclusive os seguranças) é proibido de portar armas.

Psicopatas invadem estações de ônibus e de metrô na China para matar dezenas de adultos e crianças, porque todo mundo é proibido de portar armas na China.

Psicopatas esfaqueiam dezenas de pessoas nas ruas da Inglaterra, porque todo mundo é proibido de portar armas nas ruas na Inglaterra.

Psicopatas fuzilam carros de transeuntes nas favelas no Brasil, porque todo mundo é proibido de portar armas no Brasil.

Psicopatas invadem escolas no Brasil para matar, porque em escolas todo mundo (inclusive os seguranças) é proibido de portar armas.

Quem quer fomentar ainda mais o desarmamento é ou um idiota que acredita no conto de fadas do Desarmamento ou um psicopata que faz isso, torcendo por outros massacres.

Psicopatas matarão de qualquer  jeito, ou com pistolas industriais ou com revólveres caseiros ou com facas ou com machadinhas ou com arco e flecha ou com coquetel molotov feitos com gasolina ou cachaça, com coisas que jamais poderão ser totalmente proibidas. E psicopatas sempre procurarão pelos alvos mais fáceis, mais indefesos, nos locais em que houver a maior concentração destes e em que houver a menor possibilidade de reação, para produzir o maior estrago possível. Se você quer facilitar a vida de psicopatas deixando centenas de crianças inocentes desprotegidas, você é um idiota ou é outro psicopata.